quinta-feira, 18 de setembro de 2008

LIVRO DAS REPÚBLICAS: PARTE 3: hinos e poesias das repúblicas

CAP. 3 HINO A OURO PRETO

1a VERSÃO

Foi numa tarde de Domingo que meu pai me avisou
Oh meu filho você vai prá Ouro Preto estudar,
Fiquei tão puto e comecei a reclamar,
Oh meu pai que sacanagem o senhor foi me arrumar

Ouro Preto, Ouro Preto, depois que aqui cheguei
Comecei a andar prá trás,
Nem comer eu como mais,
Ouro Preto, Ouro Preto, eu aqui não volto mais.

Falta manteiga, falta leite, falta pão, suas nativas são bonitas
Que nem bucha de canhão,
E é por isso que aqui me entrego ao vício,
Se assim continuar eu vou parar é num hospício.

Ouro Preto, Ouro Preto, depois que aqui cheguei
Comecei a andar prá trás,
Nem comer eu como mais,
Ouro Preto, Ouro Preto, eu aqui não volto mais.

Ouro Preto, Ouro Preto, depois que aqui cheguei
Comecei a andar prá trás,
Nem comer eu como mais,
Ouro Preto, Ouro Preto, eu aqui não volto mais.


2a VERSÃO

Antigamente quando havia procissão,
O padre que ia na frente era o gaiato
Padre João,
Mas por inveja do arcebispo de Mariana,
Rebaixaram o padre João à condição
De sacristão.

Padre João, padre João, vou remir os meus
Pecados, vou deixar tudo de lado,
o que eu quero é a salvação.

Padre João, padre João, a Deus peço
Perdão e beijando a sua mão
Peço pinga com limão.

Ouro Preto, Ouro Preto, depois que aqui cheguei
Comecei a andar prá trás,
Nem comer eu como mais,
Ouro Preto, Ouro Preto, eu aqui não volto mais.

Falta manteiga, falta leite, falta pão, suas nativas são bonitas
Que nem bucha de canhão,
E é por isso que aqui me entrego ao vício,
Se assim continuar eu vou parar é num hospício
Ou eu formo na “escolhinha” ou eu mudo de ofício.

Ouro Preto, Ouro Preto, depois que aqui cheguei
Comecei a andar prá trás,
Nem comer eu como mais,
Ouro Preto, Ouro Preto, eu aqui não volto mais.

Ouro Preto, Ouro Preto, depois que aqui cheguei
Comecei a andar prá trás,
Nem comer eu como mais,
Ouro Preto, Ouro Preto, eu aqui não volto mais.
























CAP. 4 CULTURA NAS REPÚBLICAS DE OURO PRETO

4.1ARTE NAS REPÚBLICAS
4.2. MÚSICAS NAS REPÚBLICAS

REPÚBLICA AQUARIUS

AAAAA-QUI-IC!![1]
Teófilo José Fernandes da Silva


Sempre há lugar
República melhor não há
Já contamos com bomba (talhão)
Índio, escoteiros e malões
A verdade sempre é esta
Nesta casa tudo é festa!

Sou do norte,
sou do sul,
sou do leste,
sou do oeste,
sou brasileiro!

Fui lojista,
Contador,
Fui artista,
Vendedor,
Já trabalhei o ano inteiro.

Hoje,
Estou a me formar
Adeus Ouro Preto, adeus!
Adeus Escola de Minas!
Adeus meninas!!!

AAAAA-QUI-IC!!


HINO DA REPÚBLICA ARCÁDIA


Quem mora na Arcádia
bota pra quebrar
A moçada bebe
para as mulheres encantar

Bebem a felicidade
Para a saudade espantar,
Hoje a bandeira da Arcádia
É samba e love no ar.

A Arcádia não tem pra ninguém,
Todo mundo bebe e camofa no CAEM
Quem mora na Arcádia volta sempre e se dá bem. (bis)


REZA DA REPÚBLICA BANGALÔ

“Nóis que é Bangalô,
Nóis que é jóia,
Us zome são du contra,
Mas as muié apóia.”


HINO DA REPÚBLICA BASTILHA

CORAÇÃO QUE DÓI E DÓI
(SOLEVANTE E SOLENY)


Resolvi modificar
O meu modo de viver
Já chega de tanto penar
Já chega de tanto sofrer
Enquanto eu viver aqui
Não posso ter alegria
Porque vejo em outros braços
Aquela que eu tanto queria.

Coração que dói, dói, dói
Que dói no peito meu
Será que não vai ter fim, meu Deus, este sofrimento meu (bis)

Amanhã eu vou embora
Aqui eu não volto mais
Quero esquecer as maldades
Que essa maldita me faz
O meu pobre coração
Não pode ter alegria
Porque vejo em outros braços
Aquela que eu tanto queria.

Coração...

Sei que o tempo traz o tempo
Deus traz a felicidade
Um dia seu coração de mim vai sentir saudade
Mas já sendo muito tarde
Pra você se arrepender
Vai querer me procurar
Sou eu que não vou querer.

Coração...

HINO À BAVIERA


Baviera é uma casinha pequenina
Lá na rua dos paulistas
Onde moram os bicudinhos bonitinhos
Taradinhos por turistas.

Baviera, Baviera!
Nossa vida em você é primavera!
(Bis)

Baviera também tem seus dias belos
Com champanhe e gente bem
Freqüentada pela alta sociedade
Mas as putinhas vão também!

Baviera, Baviera!
Nossa vida em voc6e é primavera!
(Bis)



HINO DA REPÚBLICA BICO DOCE

1.
Nós somos da Bico Doce
fiéis saudamos a pinga amada
nas cores do garrafão
rebrilha o copo sobre o balcão
queremos muita agitação
estudos não queremos não
porém se a Pátria amada
precisar da macacada
puta merda que cagada.

2.
Lá vem a Bico Doce com toda empolgação
subiu com euforia e entra no salão
por isso convidamos vocês que estão aí
junto com a Bico Doce
Lama Doce, Lama Doce
venha se divertir
O nosso rebolado é sensacional
e vai encher os olhos nesse carnaval
por isso convidamos vocês que estão aí
junto com a Bico Doce
Lama Doce, Lama Doce
venha se divertir!

BOITE CASABLANCA


Samba da Casablanca[2]


Meu coração está solto
Neste mundo
Cheio de mulheres
E de Ouro Preto também!

Em cada ferrolho
Em cada ferradura,
Em cada fechadura,
Em cada beco,
Em cada ruela,

O batuque corre solto
O batuque de alegria
Alegria dos amigos
Amigos de quintais

EEEhhhh!!!!
Casablanca
Inimigos jamais!!!

Ouro preto bate o
Sino de ouro
Preto Ouro Preto bate o sino de Ouro Preto
Venha se aconchegar

Os sinos badalam
A saudade azul do amigo
Que se foi
Toca-toca o sino
Aqui iremos nos
Reencontrar

Sino-coração
Amor Azul
Caminhei nas
Montanhas de ferro e
Solidão de minas
Nas montanhas
Chuvosas
E de Ouro Preto
Também!
Passa boi, passa
boiada
Que fique a amizade então.




Ouro Preto 300 anos[3]


Entre becos e ruelas
Igrejas e mulheres
Em Ouro Preto estamos!
Levanta às 6h e sai correndo
A aula te espera
Almoça rápido às 12h
Às 14h o professor vai te ferrar
Corre a noite:
Dorme às duas, acorda às seis,
Segunda, terça, quarta, quinta
Sexta...Fevereiro, março, abril
Gira Mundo, corre gente,
Gira peão, pula cerca...maio
Junho, juros, escolas, professores
Tempo voa menino!Corre.
Setembro...Ufa!Doze!
Doze?!!?
Ouro Preto de becos e janelas
Faz 300 anos
A nossa querida Boite Casablanca
Bebemora 31 anos de História
O cenário amigos é o mesmo
Só faltam vocês...Reencontrar!
Neste turbilhão de alegria
Vamos nos reencontrar,
Matar a saudade.
Muita música temos
Para as moças dançarem!
Muita folia, alegria
E a certeza de nosso eterno lar!
12!Saudade, Amizade,
12!

Vale Negro[4]


C G/B
Chapéu de aba larga
Am F
Partiu o caçador
C G
No veio Gerais
F C G
Com alma no cais

C G/B
Com os pés amarrados
Am F
E almas marcadas
C G
Levou pedras pesadas
F C G
Pra senhores feudais

C G/B
Por entre rochas e matas
Am F
E águas cristalinas
C G
Brotou o vale negro
F C G
Em casarios coloniais

C G/B
Sino que bate
Am F
Na igreja bateu
C G
No peito sofrido
F C
De quem viveu


HINO DA REPÚBLICA BOITE CASABLANCA

A Casablanca, a Casablanca,
Passa o ano inteiro,
De janeiro a janeiro
Lá na porta é um bate-bate
De quem quer ver a boite.

Da Casablanca, da Casablanca,
Sempre vou lembrar
Não é qualquer casa
Que possui um arsenal
De garrafas no quintal!

A Casablanca, a Casablanca
Volta um companheiro
Que se projetou,
Mas quem volta sempre chora
A ausência que deixou!

A Casablanca, a Casablanca...




HINO DA REPÚBLICA CIRANDINHA[5]

Eu dei
O que foi que você deu meu bem?
Eu dei
Quarde um pouco para mim também
Não sei
Se você fala por falar sem meditar
Eu dei
Diga logo, diga logo é demais
Não digo e adivinhe se é capaz
Você deu seu coração?
Não dei, não dei.
Sem nenhuma condição?
Não dei, não dei. O meu coração não tem dono,
vive sozinho, coitadinho, no abandono.
Eu dei...
Foi um terno e longo beijo?
Se foi, se foi.
Desses beijos que eu beijei?
Pois foi, pois foi.
Quarde para mim unzinho, que mais tarde pagarei
com um chorinho.
Eu dei...


CONSULADO

Música do Baião Paraíba, de Luíz Gonzaga
Letra de Helen Bessa


Quando me deram o diploma
E a sessão terminou
Quando o baile acabou
Eu, então, tive que ir embora
Carregando a minha dor
Hoje eu trago um abraço pra ti, Consulado

Consulado, casa de homem (bis)
Homem macho, sim, senhor

Eta, eta, Consulado meu amor (bis)
Eta, Escolinha, que tanto me machucou
Eta, Ouro Preto, terra boa, sim, senhor
Eta, Consulado, que saudades me deixou
Hoje eu trago um abraço para ti, Consulado

Que me deu Engenheiros bambas (bis)
Muito bambas, sim, senhor

Eta, eta, Consulado meu amor !!

HINO DA REPÚBLICA CONVENTO


Hino: Tu És o MDC Da Minha Vida
Autores: Raul Seixas, Paulo Coelho

Tu és o grande amor da minha vida
Pois você é minha querida
E por você eu sinto calor
Aquele seu chaveiro escrito "Love"
Ainda hoje me comove
Me causando imensa dor
Eu me lembro do dia em que você "entrou num bode":
Quebrou minha vitrola e minha coleção do Pink Floyd
Eu sei que eu não vou ficar aqui sozinho
Pois eu sei que existe um "careta"
Um "careta" em meu caminho

Nada me interessa neste instante,
Nem o Flávio Cavalcanti que ao teu lado eu curtia na tv
Nesta sala hoje eu peço arrego
Não tenho paz, nem tenho sossego
Hoje eu vivo somente a sofrer
Nem até, até o filme que eu vejo em cartaz
Conta nossa história e por isso,
E por isso eu sofro muito mais
Eu sei que dia-a-dia aumenta o meu desejo
E não tem Pepsi-Cola que sacie a delícia dos teus beijos

Quando eu me declarava você ria
E no auge da minha agonia, eu recitava Shakespeare
Não posso sentir cheiro de lasanha,
Me lembro logo das "Casas da Banha", onde íamos nos divertir
E hoje, o meu Sanswi-Garrard-Gradient só toca mesmo embalo quente
Pra lembrar do teu calor
Então eu vou ter com a moçada lá no Pier,
Mas pra eles é careta se alguém fala de amor

Na faculdade de agronomia,
Numa aula de energia, bem em frente ao professor,
Eu tive um "xilique" desgraçado,
Eu vi você surgindo ao meu lado, do caderno do colega Nestor
E é por isso, é por isso que de agora em diante
Pelos cinco mil alto-falantes eu vou mandar berrar o dia inteiro
Que você é O MEU MÁXIMO DENOMINADOR COMUM!



DOCE MISTURA
HINOS

DOCE, DOCE AMOR

Está fazendo uma semana que sem mais nem menos eu perdi você;
Mas não sei determinar ao certo qual foi a razão, meu bem vem me dizer;
Doce, doce amor;
Onde tens andado diga por favor;
Doce, doce amor ( bis );
Eu vou te encontrar, meu bem, seja onde for;
Já andei por todos os lugares, que antigamente ia te encontrar;
Pelas ruas que passava só lembrava você, que foi embora sem me avisar;
Doce, doce amor...


ALÔ PAIXÃO

Eu não vou perder você faz parte dessa história;
Revela o segredo existente em minha memória;
Vô aqui andando, caminhando pela vida;
Quero te encontrar sonhando sempre em cada esquina;
Vivo a me embalar e dançar em plena multidão;
De amor explode a paixão meu coração;
Não vou deixar, vou me revelar pra esse amor;
Oh, oh;
Alô paixão, alô doçuras, doce ilusão;
Doce mistura


HINO DA REPUBLICA FAVINHO DE MEL

Existe uma Republica na cidade
Que mora dentro do meu coração
O nome dela é Favinho
E das que eu visitei
Ela é a campeã!
Das Republicas de MG (Minas Gerais)
Na Favinho ficaremos imortais.
Favinho, Favinho de mel...
Aqui nos sentimos no Céu.

(QI de Abelha)
Grito

QI de abelha canta
Favinho se levanta,
E só da golo!
He, he, he, he, he, he, he.
Vamu bebe!
(QI de Abelha)


HINO DA REPÚBLICA FG
Autor: Adriano Nascimento (ex-aluno)
Rítimo da música: Hino do Atlético Mineiro


Nós somos efigeanos vibradores
Orgulhamos da ‘mueizadas’ do Brasil
Somos somos coçadores vibradores
Pra tomar pinga nós usamos é barril
Café, pão duro e chá
Sem o bondinho não podemos aguentar
Nossa querida FG,
Aqui estamos pra viver (bis)
Nós somos a fina quente da escolinha
Lutamos para as provas conseguir
Somos jogadores de ‘purrinha’
Sempre alegre e ricos a sorrir
Beber, jogar, coçar
Sem estudar eu vou chegar até formar
Nossa saudosa FG,
Não te esqueço até morrer.(bis)


ORAÇÃO DA REPÚBLICA FG


Oração de São Gorceix,
Óh Zeus,
sei que sou um mero bicho,
Causador das desgraças desta mansão,
E venho aqui me desculpar,
Pois um veterano nuunca erra,
Às veezes se engana,
E quando isto acontece,
É culpa única e exclusiva de minha burrice eterna!
Livrai-me dos males da escolinha!
Henri Gorceix,

E os nomes dos ex-alunos e moradores presentes no momento da reza
em ordem cronológica.


HINO/POESIA DA REPÚBLICA JARDIM ZOOLÓGICO

“Tempu”

Tempo vai, Tempo vem
Cerveja e Mulher Pelada...
Nunca Mataram Ninguém...

Tempo vai, Tempo vem
Quem planta muita mandioca...
Acaba colhendo neném...

Tempo vai, Tempo vem
Vejo uma luz no fim do Túnel...
Tomara que não seja o Trem...

Tempo vai, Tempo vem
Quem pega uma mulhé feia...
Nunca conta pra ninguém...

Tempo vai, Tempo vem
Na Sexta eu encho a cara...
E no Sábado eu encho também...


Tempo vai, Tempo vem
Muita Cachaça aumenta a imaginação...
Mas “lá embaixo” diminui a pressão...

Tempo vai, Tempo vem
Todo “Bixo” é burro que nem jumento...
Por isso precisa de muito “vento”...

Tempo vai, Tempo vem
O “12” em Ouro Preto...
Pra todos, faz muito bem...

Tempo vai, Tempo vem
O tempo não pára...
E nós também...


HINO DA REPÚBLICA JARDIM DE ALAH


Subi a torre da igreja...
Toquei o badalo do Sino...
Desci castigando...
Homem mulher e menino...
Seu Padre me perguntou...
Porque bebes tanto seu moço ?
E eu lhe respondi : ...
Vou bebendo...
E vou vivendo...
Porque Alá é Pai...
E a cachaça vai...

HINO DA KOXIXO

QUERO SER
(Menudos)
Eu te vi
Caminhando sem destino por aí
Te vi chorar
Escondendo o rosto pra ninguém notar
Sua emoção
Onde foi que a alegria se perdeu em seu sorriso
Aonde está
Se você quiser se abrir fala pra mim
Quero escutar
Quero ser
Um amigo que está sempre em seu caminho
E quem tem amigos nunca está sozinho
Dia e noite quero estar junto de ti
Quer ser
A ilusão que te acompanha a vida inteira
A emoção sincera pura e verdadeira
O amor que dá sem nada receber
Eu quero ser (...)


HINO DA REPÚBLICA LUMIAR

Lumiar
Beto Guedes

Anda, vem jantar, vem comer, vem beber, farrear até chegar, Lumiar e depois deitar no sereno Só pra poder dormir e sonhar
Pra passar a noite caçando sapo, contando caso de como deve ser Lumiar.
Acordar, Lumiar, sem chorar, sem falar, sem querer acordar e Lumiar, levantar e fazer café
Só pra sair, caçar e pescar
E passar o dia moendo cana, caçando lua, clarear de vez Lumiar.
Amor, Lumiar, pra viver, pra gostar, pra chover, pra tratar de vadiar, descansar os olhos, olhar e ver e respirar, só pra não ver o tempo passar
Pra passar o tempo até chover, até lembrar, de como deve ser Lumiar.
Anda, vem jantar, vem dormir, vem sonhar, pra viver até chegar, Lumiar, estender o sol na varanda até queimar, só pra não ter mais nada a perder
Pra perder o medo, mudar de céu, mudar de ar, clarear de vez Lumiar...



MARACA
LÚCIO SOLDATI ( FOCA )

FOI NUMA LINDA MANHÃ
ONDE O SOL DE OURO CLAREOU
NA RUA DO OUVIDOR, 129
AQUI EM OURO PRETO
A LINDA FLOR DESABROCHOU
FOI ENTÃO QUE SE CRIOU
UMA COMISSÃO DOCENTE
PARA SE CLASSIFICAR
A BELEZA PERMANENTE
NA FRENTE VEM JOSÉ BADINI
DO LADO VEM SENHOR GODOY
QUE FICARAM ESTARRECIDOS
COM A RAINHA DOS HERÓIS
MARACANGALHA, OH QUE PAIXÃO
ÉS PARTES DA MINHA VIDA
PEDEÇO DO CORAÇÃO.


SALVE, SALVE A MARCA

SALVE, SALVE A MARACA
O QUE NÓIS QUÉ É BEBEDEIRA
A TURMA TODA REUNIDA
A TURMA TODA REUNIDA
NA BOATE DO CHICÃO

NA BOATE DO CHICÃO
TEM MUIÉ E PASTELÃO
TEM CERVEJA, TEM CACHAÇA
TEM CAMOFA PRÁ DESGRAÇA
E AS MULHERES LÁ DE PRAÇA.

REPÚBLICA NAU SEM RUMO

Se me perguntares onde moro
Responderei é uma embarcação
Em terras onde encallho eu adoro

Faço amigos de montão
OH NAU OH NAU OH NAU
Você me traz só alegria la... la... la... lai
Eu canto e danço na folia
Eu sou pirata e sei cantar
A NAU SEM RUMO NÃO PODE PARAR
A NAU SEM RUMO NÃO PODE PARAR
É carnaval... É carnaval
É pirataria, la... la... la... lai
Os dias fluem em samba
E as noites tem magia


REPÚBLICA NECROTERIO

Necrotério, necrotério,
Lá da Rua do Pilar,
É do Pilar.

Necrotério, necrotério,
Que vocês vão adorar.

Nois mesmo canta,
Nois mesmo escuta,
Nois mesmo aplaude,
Nois semos auto-suficiente...

E viva Nois !!!


REPÚBLICA NINHO DO AMOR
José Willian Campomizzi (Graia)
Ritmo da Música A Praça


Hoje eu acordei com saudades lá da Ninho,
Lembrei daquele quadro que um dia lhe ofertei,
Sentei naquele banco de boteco só porque,
Foi lá que pra República eu entrei.

Aqueles passarinhos todos bem me receberam ,
E logo perceberam que eu era um tigrão,
Ficaram tão contentes e até reconheceram,
Que um dia eu virei Doutor Malão.

A mesma casa, o mesmo quarto,
A mesma mesa que um dia eu ferrei,
Tudo é igual, mas estou triste...
Ainda não sei porque um dia eu formei,
Ainda não sei porque um dia eu formei!




HINO DA REP. PULGATÓRIO



Dóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóó......,
Domec Gim Domec, Gim Doméia...
Domec Gim Domec,Gim Doméia...
Minha vida é cantar Doméia,
Mas eu gosto é Gim Domec, Gim Doméia
Olha o samba iôiô, olha o samba iáiá,
Pois é a PULGATÓRIO, que acabou de chegar
Olha o samba iôiô, olha o samba iáiá,
Pois é a PULGATÓRIO, que acabou de chegar,
Descendo a rua direita, entrando na Paraná...
O que é que há?
É 54 na cabeça, minha nêga não tem erro vá pra lá.
Muita cachaça e batucada, a bateria está sempre afinada,
Não marque toca, não marque furo,
Garanta hoje o engenheiro do futuro!!!
Olha o samba iôiô, olha o samba iáiá,
Pois é a PULGATÓRIO que acabou de chegar,
Olha o samba iôiô, olha o samba iáiá,
Pois é a PULGATÓRIO que acabou de chegar,
Olha a rapazeada, oba!
E como tem mulher, cadê?
Olha a pinga rolando, oba!
Sinta a impolgação!
Pois é a Pulgatório, é a Pulgatório,
Do meu coração!!!!!!
Eu vou, eu vou, eu vou, eu vou...


REPÚBLICA QUARTO CRESCENTE


“ Era uma casa muito indecente
Que se chamava Quarto Crescente
Ninguém podia entrar nela não
Se não chamasse bicho papão.
Mas era uma casa que sempre crescia
Virava e mexe bebê nascia.
REFRÃO: Essa é Quarto Crescente
Zona mais decente
Deste cabaré, baré, baré, baré.”
“UH! CV QC AÊ!”


REPÚBLICA TABU


UMA VEZ TABU, TABU ATÉ MORRER!
UM TABUANO EU HEI DE SER!
É O MAIOR PRAZER, VÊ-LA BRILHAR!
SEJA NA ESCOLA, SEJA NO BAR!
BEBER! BEBER! BEBER!


HINO DO BLOCO DA LAMA
(FUNDADO EM 1994 E EXTINTO EM 1998)

VEM! VEM!
VEM PRA LAMA VEM!
UGA, UGA, UGA, VEM!


REPÚBLICA SINAGOGA

" Beber, beber, beber,
Este é o nosso ideal,
Bebemos em nome da Sina,
Nossa cachaça é internacional,
Prostrar, Prostrar, Prostrar,
Mas mesmo assim vou continuar a beber,
Eu sou na Sinagoga,
De cirrose eu vou morrer.
Bebemos Vodka com gelo,
O nosso fígado é imortal,
Nós somos campeões da Vila,
Nossa cachaça é Internacional,
Prostrar, Prostrar, Prostrar,
Mas mesmo assim, vou continuar a beber,
Eu, sou da Sinagoga, de cirrose eu vou morrer
Eu, sou da Sinagoga, de cirrose eu vou morrer. "

(CANTADO SOB A MELODIA DO HINO DO CLUBE ATLÉTICO MINEIRO)






HINO DA REPÚBLICA TX

Ser um texano é estar sempre relembrando o que fez
Não importa os anos que se passaram se aqui estamos
Outra vez.
Ouro Preto continua relíquia e patrimônio do país
Sustentando em suas ruas nossa escola e a república TX
Recordar é uma forma de viver, quantos porres já tomamos de cair
E os nossos bondes ao anoitecer, fazia a turma se unir
Por eu sou feliz e até peço bis: TX, TX, TX

TX, TX, TX é outro lar que em minha vida encontrei
Amante, alegre, vivo a relembrar momentos que aqui passei.
Por isso eu sempre quis gritar para esse país: TX, TX, TX



VERDES MARES
Luís Wagner Veloso Reis (Papagaio)

“Aqui sobre este teto robusto
Viveu, vive e viverá
O homem, o Verde-marino
Trazendo dentro do peito audaz
A sina do jangadeiro forte
Que luta contra a fúria do tempo
Nos maravilhosos verdes mares do norte.”


HINO DA VIRADA PRA LUA

Com Hum
(A Trolha)


Fez rifa e ele mesmo ganhou
No bingo a Tchinquina acertou
Na festa da quermesse arrasou
E o fusca do pároco levou

Refrão: Ele nasceu, nasceu com hum pra lua, ele nasceu com hum

Na sena sete vezes ganhou
A banca do bicheiro quebrou
Consórcio, avião já tirou
Em jogo de azar: professor

Refrão

Da noiva ele se aproximou
Veio outro trouxa e casou
Na cerimônia se apresentou
O filho ainda apadrinhou

Refrão

Mais tarde pro Congresso ele entrou
E um grande marajá se tornou
Um baita bigodão cultivou
E o povo iludido entrou, votou, entrou, votou.


REPÚBLICA VIRA SAIA

É uma dor canalha
Que te dilacera,
É um grito que se espalha
Também pudera.
Não tarda nem falha,
Apenas te espera.
Num campo de batalha
É um grito que se espalha.
É uma dor “canalha”.






















4.3. POESIAS NAS REPÚBLICAS




REPÚBLICA AQUARIUS

A República que abriga,
não obriga (Tiufim, Teófilo).



ARCÁDIA E OURO PRETO


Os árcades são a alegria deste lugar
Todo dia tem festa
Quando sentam numa mesa de bar
Os mais velhos nesta mesa
São como uma lição
Bebendo a tarde inteira
Cantando uma canção

Quem não tem amor ao mundo
Não vem neste lugar
Quem não vê nossas montanhas
Não tem mais pra onde olhar
Quem tem medo
Traz no peito o óbolo da precaução
Eu trago um anjo nos braços
E Ouro Preto no coração.



FILHOS DA BAVIERA
Luciano Batista de Oliveira

O tempo será sempre curto
O tempo passa como sempre
E seus filhos sempre passarão!
Mas há de ficar sempre em seu ar
A saudade da escada, do abacate no chão
Um vislumbre dos jardins, a imponência da seu Brasão
Vestígios de uma briga, um longo aperto de mão
Uma confusão, uma lição
Em seu seio, precioso é o tempo
O tempo que aqui seus filhos passaram
O tempo que aqui eles passarão




POEMA EM HOMENAGEM À BEM-NA-BOCA

República Feminina “Bem Na Boca”
(Paulo Augusto de Lima)

Bem na boca,
já é quase um poema.
Estuda-se
Aprende-se
Aulas-
E a lição é na ponta da língua.

Bem lá, bem ali,
do lado de cá,
do lado e lá.
Segredos de república.
“Beijo que estreita na boca palavras apaixonadas”,
não ditas.
Segundos? Minutos? Horas?
A eternidade?
E o batom? Onde fica?
Sensação orgástica. Ah que delícia!
é bom demais.
Bem na Boca
já é um poema


CASANOVA

Do mito renascentista herdaste o espírito;
A conquista então, inerente se apresenta;
E presente se faz sentir no brio dos filhos teus.

Como as donselas de outrora,
As filhas desta terra o Casanova, em verso ou prosa, as fazem sonhar,
Tanto, que quando nas alcovas seus olhos não cessam de brilhar.

Nas letras melhor sorte não lhes poderia faltar,
Pois, às suas penas árduo labor imprimem.
Frenéticas penas, silentes tão somente após a razão alcançar.

Todavia, uma dama desde cedo o coração lhes conquistou,
Foi a vida.... que lei ad aeternum promulgou:
De a cada dia seus amantes lhe ofertarem do melhor vinho e da mais bela melodia.

Eis então a sua prole, Giacomo Casanova.
Na certeza de que melhor não há de ter.


POESIA SOBRE A REPÚBLICA CIRANDINHA

Cantem os sinos
Soem os badalos
Das igrejas Do Carmo, Pilar e Rosário
Gritem os sobrados de janelas tortas
E entretortas portas.
Toquem os rítmos fúnebres dos Inconfidentes
Traídos, degradados sob os restos de Tiradentes
E também sob ouros e topázios.
Aqui se encontram lindas meninas
E gostosa caipirinha
Graças a Deus
Em Ouro Preto tem


CIRANDINHA
Poesia

Na vida encontramos colegas,
Com o tempo, estes se tornam nossos amigos;
Depois com a convivência
Transformam-se em bons amigos
Com sinceridade, os conduzimos à condição de amigos especiais
Finalmente, por estarem em nossos corações
Transformou-se em nossos irmãos;
E nesta condição, é onde nos encontramos
Pássaros permanentes
De uma gaiola muito especial
Que será sempre eterna




Meninas da Ladeira
República Convento

Meninas que moram na escadinha
Que já acostumaram a ladeirar
Depois das batatas nas perninhas
Vão todos partir, vão dispertar

Com grande saudades
Ei de lembrar
Dos goles que aqui tomei
E quando na hora de estudar
Surgia um papo
Que não terminei

Apertos, acertos, grandes acervos
Tem dinheiro pra mim emprestar
Enquanto os meus nervos gritavam
Não posso, assim não dá
E mesmo assim agente ria
Rezando para os Santos nos ajudar
E acaba que eu nem via
O tempo assim voar...


DEUSES[6]
Nocência (Ronaldo de Carvalho Oliveira),
(São tantos momentos)
eternos...
contentamentos
e aprendizados
Viver, amar, respeitar.
Continuar...



DOCE MISTURA
POESIA

Eu bebo não é por vício, não é por nada
Eu bebo porque vejo no fundo do copo
O rosto do homem amado
E se eu não beber ele morre afogado
Sai daí desgraçado
Aprende a nadar
Que eu não aguento mais beber



REPÚBLICA LUMIAR
Poema

“O tempo não é meu amigo
Aquilo que você pensou
Os fatos
As fotos antigas
São lembranças que o tempo deixou.

O tempo não pára no porto
Não apita na curva
Não espera...
Ningém...ninguém...ninguém...
Não perca tempo,
Viva a vida intensamente só pra ser...
Feliz, e fazer alguém feliz.”
Afonso Bretas



TRIBUTO A MARACA


OH, SAUDOSA MARACA
DE TANTAS MARAVILHAS
NÃO SABES O QUANTO ÉS QUERIDA
POR TODOS QUE PASSARAM AQUI UM DIA
DO FUNDADOR AO MAIS NOVO MORADOR
NESSA QUERIDA FAMÍLIA
ESPALHARÁ SUA ALEGRIA
PASSASTES POR VÁRIOS MOMENTOS
SUPERANDO TODA E QUALQUER DESAVENÇA
CRIASTE A TETO PRETO
A MELHOR BANDA DE OURO PRETO
TEUS FILHOS GRITAM COM FUROR
MARACANGALHA, OH QUE PAIXÃO
SEMPRE CHEIA DE AMIZADES
AO PARTIR, SENTIREMOS SAUDADES.

( B.O )


REPÚBLICA PALMARES

Vivemos uma época mágica nesta casa;
E essa magia, nós levamos impregnada na alma;
Assim como impregnamos esta casa com nossa vida;
Nós somos a sua alma!
Um pedaço nosso fica aqui;
E muito daqui a gente leva para sempre;
Nos sentimos pequenos diante do tempo que nos separa...
Mas a nossa história não há tempo que apague. É infinita
É isto que nos faz grandes, eternos...
Maiores que o próprio tempo.
Fabiana Gomes
Setembro/95


Pulgatório


Na etimologia poderia até ser
um ninho ou mesmo habitat
de hematófagos sifonápteros
seres pequenos também chamados
ápteros suctórios saltitantes


Poderia ser também uma palavra
alusiva derivada do temido purgatório
lugar onde os justos desencarnados
sofrem a purificação de suas almas


Mas alegoricamente é tudo isto
visto que no exercício da convivência
na tolerância e na paciência
costumamos dar nosso sangue


Purificamos nosso espírito de fraternidade
lapidando sempre nossas relações
e aparando as arestas do egoísmos
buscamos a verdadeira essência de conviver.


Sérgio Batista (Perna Longa )julho, 91 87 – 90




REPÚBLICA SERIGY

SER, RIR , GYRAR
Ruth

Sinos em minha direção,
anunciam novos tempos
unidos por um objetivo,
irmãos de coração;

Pelos corredores risadas,
nos quartos confraternização
sejam elas profanas ou não,
SER, RIR , GYRAR,
pelos seus morros, belos, igrejas;

Sabe Deus onde querem chegar
mas o que importa é estar
de frente para os vales,
de costas para o que deixou;

Na entrada da mina
que cidade virou
e que os transformou
em meros “imortais”
transgredindo o sistema vigente
criando suas próprias normas
para SER, RIR , GYRAR.



REPÚBLICA SINAGOGA


São cinqüenta anos incertos,
Mais certos seriam, talvez uns 60
Quantos sonhos aqui nasceram?
Quantas vidas foram modificadas,
Diria mesmo edificadas na proteção destas paredes?
Na chegada somos “bichos”,
Adotados, melhorados nesta casa
Ao sair somos doutores,
Já senhores das nossas vidas
Moldados no calor das relações aqui criadas.
Me lembro dos góles, e quantos foram,
Do violão lá na cozinha,
Das reuniões e os ditos “bondes”
Das meninas e namoradas
Do romantismo e das serenatas
Privilégios de quem por aqui passou.
E de ilustres desconhecidos, nos tornamos amigos,
Porque não dizer irmãos
Na divisão dos sofrimentos, da saudade,
Alegrias e na cumplicidade
Que só em um irmão encontra abrigo.
E quanto mais o tempo passa, esse tempo que não volta,
Sinto aumentar a nostalgia, diria mesmo a saudade
Da vida que vivia em minha casa,
Essa linda jovem senhora, que hora aniversaria.
Parabéns, Obrigado Sinagoga.

Carlos Henrique Delpupo (Xuxa)
Doze de Outubro de 1999


SINAGOGA À NOITE

Por entre a névoa abundante
Uma luz reflete distante
Inspira energia, transmite afeto
Amor e poesia debaixo de um teto

Escutam-se pessoas conversando
No fundo risadas entusiasmadas
Que quebram o silêncio da noite
Apagando o frio da cidade gelada

E a conversa se estende ao compasso
De um bonde de estação infinita
Se um chora a falta dos pais
Ou a saudade da menina bonita
Este tem seu consolo
Nos braços de palavras amigas

E no meio de tanta névoa
O lugar parece que afoga
Mas na verdade apenas dorme
Para amanhã acordar Sinagoga

Somente que vive aqui pode entender...
Somente que passou por aqui pode refletir...

Luís Henrique Vicentin (Juca – Andradas-MG)






VERDES MARES[7]


“Acorda donzela
Pois a noite é bela
Vem ver o luar
Vem ver os encantos
Regidos encantos
Que vem lá do mar
São os pescadores
Que cantando amores
Vão-se barra afora
Remando alta lua
Ao brilhar da lua
Em propícia hora.

Acorda donzela
Pois a noite é bela
Tem pena de mim
Ao dormir esqueces
Quem por ti padeces
Tornando sem fim
A voz que te chama
É de quem te ama
É de um trovador
Que geme e suspira
Nas cordas da lira
Pedindo-te amor.

Acorda (…………)
Pois a noite é bela
Vem ver os luares
Vem sentir os ares
Que no norte desce
Lá da Verdes Mares
São os jangadeiros
São moços faceiros
Chegando agora
São verde-marinos
Cantando alegria
Em própria hora
São os jangadeiros
São moços faceiros
Chegando agora
São verde-marinos
Cantando alegria
Tão fora de hora.”
[1] A expressão inicial inspirou a música. Toda vez que o republicano Joaquim Carlos Megre vulgo "Quinquinha", enxafurdava-se de cana, chutava a porta da república e gritava: AAAAA-QUI-IC!!

[2] Samba do 12 de outubro de 99. Letra de José Maria Gonçalves Lopes ( Babaovo ) e música de Fred Michael Tkotz ( Zuza ) e Mateus de Carvalho Martins ( Xikyta ).

[3] 12 outubro de 98 na República Boite Casa Blanca.

[4] Música e poesia do 12 de outubro de 97 na República Boite Casa Blancade. Autoria dos Ex-alunos Jorge Henrique Carvalho Martins ( Ligeirinho ) e José Geraldo da Silva Júnior ( Jeitoso ).

[5] Música da trilha sonora da novela NINA, de 1977, ano de fundação da República.
Música: Ary Barroso
Intérprete: Marília Babosa

[6] Produzido especialmente para a Festa do 12 de 2000, mantendo-se a tradição da república em se colocar um poema em todo convite do 12

[7] Poesia (que muitas vezes era cantada em serenatas)

2 comentários:

Sam de Mattos, Jr. disse...

A BARCA-SONHO

Ao Beto Lobe, supremo sacerdote da “Casa da Sete” e suas heróicas meninas.

Ah Velho Itajaí,
Navego-te em sonhos,
Na barca-monumento
Do Dr. Blumenau:
Romântico,
Perdulário eterno,
Réu condenado ao passado
A procurar entre brumas
Do antigo Ouro Preto,
A reviver em sonhos as velhas
Noitadas alegres
Na casa da Dona Santita,
As serenatas já mortas
E o eterno dedilhar dos violões
Do João Bosco e do Vinicius,
A procura da harmonia,
Do acorde perfeito,
De um arranjo original
Enquanto visões jovens
E estudantes idos,
Sonhavam o novo amor.
A nova Bossa-Nova ou
A recente Musica de Protesto.

Marujo experiente, agora sem protestos.
Afago meus devaneios de guri,
Nas alterosas,
Na boemia da Escola de Minas,
Na Republica Pureza.
Agora, em meu ultimo comando,
Embarco no Blumenau II
Levando na Barca Sonho
A Sylvia,
O Vinicius,
O Bosco,
A Evelyn,
O Beto,
O Boca,
Newton Esculacho - agora reaparecido,
As amantes que tive, que vivi que desfrutei.
Por todos estes paises, portos boates e zonas,
E neste em cruzeiro-sonho,
Naveguei pelos Sete Mares,
Para finalmente subir: Para onde?
Subo a Itajaí na barca-desilusao
Capitão e Colono enganado em
Busca de Blumenau para aportar,
A minha velha barca-sonho,
Agora,
Já temeroso de procurar a luz,
Tatuado com varias cicatrizes,
Por flertar com Chamas,
Qual mariposa perdida
Buscando um aconchego
Na noite fria do Vale do Itajaí.

Deixo a Barca-Sonho,
Meu ultimo timão
Depois de Navegar Setes Mares,
Cinco continentes e enfrentar
Tempestades de muitos amores,
Agora entre os achados e perdidos,
E flutuo em sonhos,
Pelas ruas nuas
No nevoeiro,
Vigiado por pardais noturnos
Do Blu soturno e de seu Blues,
Estou só, espantado e,
Vendo a cara vazia da solidão,
Deixo para sempre
A Ponta da Agulha,
Ando Itajaí abaixo
Aperto o passo,
Em vão,
Vou a Busca da luz,
Do aconchego e do calor,
Da viagem ultima,
Na penumbra iluminada
Entre amigos na Casa da Sete.


Sam de Mattos, Jr
604 Eldredge Court
Moore, SC, 29369

Samdem@aol.com

Sam de Mattos, Jr. disse...

Morrerei em paz. Curti o Ouro Preto boemio. A Pureza escandalosa, a Casa sobria da Dona Santita; mas era jovem... Tao jovem e idiota que nao notei ter amado a Escola de Minas.
Sam de Mattos, Jr - Pureza 1970
Moore, SC USA